quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

LUSA GRANDE - HISTÓRIA DA PORTUGUESA DE DESPORTOS



História

A Associação Portuguesa de Desportos é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, caracterizando-se como entidade esportiva, social, recreativa, assistencial, educacional e filantrópica.

A ideia de uma unidade associativa de colônia lusitana vinha sendo alimentada desde 1913 e finalmente consumou-se a 14 de agosto de 1920, em uma noite memorável, numa reunião histórica no Salão da Câmara Portuguesa de Comércio, com a fusão de cinco clubes representantes da colônia portuguesa: Lusíadas, Portugal Marinhense, Cinco de Outubro, Marquês de Pombal e Lusitano.

A primeira diretoria, da então chamada Associação Portuguesa de Esportes, foi presidida pelo farmacêutico Eugênio Augusto Torres Lima. No ano de 1940, foi então assinada a Certidão de Nascimento da Associação Portuguesa de Desportos, devido ao diversificado número de esportes complementados com várias atividades de lazer.

Foram escolhidas para o Clube, as cores verde e vermelho que remetem às cores da bandeira de Portugal. O escudo português, em fundo branco, foi o primeiro distintivo adotado pela Portuguesa, em reunião realizada no dia 13 de setembro de 1923. Mas já em 13 de março de 1923, o escudo português da camisa do time havia sido substituído pela Cruz de Avis. A Cruz de Avis significa a glória das Grandes Cruzadas e com ela a idade de ouro de Portugal.

Na condição de equipe de futebol amador, o time foi registrado no campeonato da APEA ( Associação Paulista de Esportes Atléticos) em 1920 em uma fusão com o Mackenzie College, porque apenas oito equipes poderiam disputar o Campeonato. Dessa maneira, o primeiro nome do time foi Portuguesa Mackenzie.

Nessa época, a mascote do time era " A Severa" (apelido da cantora de fados, Dima Tereza, que na época fez grandes exibições no Brasil, o que lhe rendeu uma marca de cigarros com seu nome e imagem). A mascote Severa é uma menina com trajes típicos portugueses que acompanhou a equipe de futebol desde a sua formação até o final de 1994, quando chegou à Lusa o Leão do Canindé. A troca de mascotes se deu através da necessidade de um símbolo que se identificasse com o clube, com o time e também com a torcida. Criado sob a orientação do vice-presidente de marketing Dr. Orlando Cordeiro de Barros, o Leão do Canindé tornou-se símbolo de garra, determinação e astúcia.

A trajetória da Portuguesa se deu em três fases:
Primeira Fase – Cambuci

Iniciou-se em 1922 com a compra de instalações da Praça de Esportes União Artística Recreativa Cambuci, inaugurada solenemente em 25 de janeiro de 1925, onde, em 1926, iriam ser travadas as primeiras batalhas esportivas. Em 1926 também, aconteceu no Campo do Cambuci a primeira festa junina, na época Festa Joanina em razão de ser promovida apenas na noite de São João. Em 1957, já como Festa Junina, levando referência também a Santo Antonio e São Pedro, os festejos passaram em definitivo para o Canindé onde fazem sucesso até hoje.

Segunda Fase – São Bento

Iniciada com a compra de um terreno na Avenida Tereza Cristina, no bairro do Ipiranga, em 1929. No 9º aniversário do Clube, o imóvel foi apresentado pelo Presidente Carlos de Castro, que também comandava a Comissão Pró-Estádio. Em 9 de junho de 1940 foi lançada a pedra fundamental do Estádio Dr. Ricardo Severo, engenheiro autor do projeto de construção, situado a 10 metros do monumento da Independência. A obra não passou disso.

Em seguida o time fixou sede no tradicional Largo de São Bento, vivendo nesta fase dias de muitas glórias dentre as quais inclui-se a conquista do título Tri-Fita Azul do futebol brasileiro. A Fita Azul era um troféu entregue pelo jornal A Gazeta Esportiva ao time brasileiro que conquistasse invicto, dez jogos fora do país.

Terceira Fase – Canindé

A partir da gestão de Luiz Portes Monteiro em 1956, a Portuguesa adquiriu o atual espaço do Canindé, local que havia sido usado pelo São Paulo Futebol Clube e vendido a família Whadi Sadi.

Nessa época o Canindé era cercado por grandes lagoas e por isso, o primeiro estádio construído todo em madeira, foi chamado de Ilha da Madeira. Na Ilha da madeira, o time contava com o massagista tri-campeão do mundo (1958, 1962 e 1970) Mário Américo.

Em 1962, o presidente José Bizarro da Nave sentiu a necessidade de dinamizar o Clube , passando para a empresa Santa Paula a responsabilidade de comercializar títulos de sócios. O aumento no número de associados contribuiu para a inauguração do parque aquático que acabou dando ao Clube uma virada de 1.000 para 18.000 sócios.

No ano de 1971 as metas voltavam-se para a construção do atual estádio e do ginásio, já projetados. Em 1972, na gestão do Dr. Oswaldo Teixeira Duarte, reunindo-se esforços de dirigentes e de toda comunidade luso-brasileira de São Paulo, inaugurou-se o majestoso estádio "Independência" que, por decisão do Conselho, passou a ser chamado em 1984 Estádio Dr. Oswaldo Teixeira Duarte, em homenagem aquele que foi reconhecido como o maior presidente da história do Clube.

O Estádio "Dr. Oswaldo Teixeira Duarte" foi erguido rapidamente, contando com campanhas profissionais de grande retorno. O ritmo das obras impressionava a todos. Hoje o gramado do Canindé é palco de muitas atrações além do futebol como shows, bingos, eventos religiosos e gravações de filmes publicitários, tendo sido, inclusive, base das gravações do filme "Boleiros" do diretor Ugo Gioretti.

Com tanta história para contar, o médico e membro nato do Conselho Deliberativo, Dr. Eduardo de Campos Rosmaninho idealizou e tornou viável a fundação do Museu Histórico da Portuguesa. Localizado no primeiro piso do Ginásio dr. Mário Augusto Isaías , o Museu destina-se a guardar, catalogar e expor todo o material de interesse histórico que, por sua vez é constituído de troféus, medalhas, cartões e objetos adquiridos em competições esportivas e/ou oferecidos à Associação.

RECORDAR É TORCER!!!! 

ASSIM ERA O SITE DA PORTUGUESA EM 1999, ANO EM QUE FOI CRIADO.

 






SITE DA LUSA EM 2001

 
 CURIOSIDADES SOBRE O CANINDÉ

1. Estádio " Dr. Oswaldo Teixeira Duarte".
2. Conhecido como "Canindé"
3. Rua Comendador Nestor Pereira, 33 - Canindé - São Paulo - 03034 - 070
4. Propriedade privada (Associação Portuguesa de Desportos)
5. Inauguração: 9 de janeiro de 1972
6. A inesquecível festa de inauguração do Estádio de Canindé transferiu-se, depois das solenidades, para a atração do futebol, do que resultava mais uma festa de inauguração luso-brasileira. A Portuguesa iria enfrentar o Benfica, campeão que vinha invicto da Europa há 26 jogos. Perdeu por 3 a 1 e o benfiquista Vitor Batista deixou marcada a imagem de ter feito o primeiro gol no estádio. Nessa derrota não houve lágrimas. O jogo nem chegou ao fim, suspenso pelo aguaceiro que desabou no segundo tempo, como a abençoar o acontecimento, já que, nesse dia, as emoções não eram contadas pelo formalismo dos 90 minutos de uma partida de futebol. Resultado: Portuguesa 1 x 3 Eport Lisboa Benfica.
7. A capacidade atual e oficial do estádio é de (25.470) pessoas.
8. O recorde de público no Canindé foi d 19.000 pagantes em um jogo entre Portuguesa e Flamengo, 07.10.1990. Resultado: 2 a 0 par a equipe carioca outras fontes citam Portuguesa 1 x 3 Corinthians – Público: 25.662 – 10/10/1982 (23.858 pagantes) – Campeonato Paulista Série A1
9. O menor público no Canindé foi em 29 / 11 / 95. O jogo esta data, válido pelo Campeonato Brasileiro, teve apenas 406 espectadores. Este público pagou para ver um empate de 0 a 0 entre Portuguesa e Guarani.
10. Dimensões do Campo: 103,40m x 70,50m.
11. Infraestrutura: 19 cabines de imprensa (rádios, jornais e televisões). 70 sanitários (56 masculinos e 14 femininos) + 2 sanitários para deficientes.
12. A inauguração da iluminação aconteceu na Taça Itaú, torneio realizado de 11 / 01 a 15 / 01 de 1981. A decisão ficou por conta da Lusa que bateu o Sporting de Lisboa por 2 a 0.
13. A maior goleada acontecida no estádio foi dia 04 de março de 97, em jogo válido pela Copa do Brasil. A Lusa goleou a equipe do Kaburé, de Tocantins, por 8 a 0.
14. O homenageado com o nome do estádio é o Dr. Oswaldo Teixeira Duarte. Duas gestões de OTD marcaram a vida da Associação Portuguesa de Desportos. A primeira durou uma década: 25 / 02 / 70 a 28 / 02 / 80. Foi nessa gestão que ocorria a inauguração do primeiro anel do estádio. A segunda durou 3 anos: 28 / 02 / 84 a 87.

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