sábado, 26 de janeiro de 2019

SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO!!!! - FLUMINENSE FOOTBALL CLUB




O Futebol surgiu no Brasil, mais precisamente no Estado de São Paulo, com Charles Miller, que retornando da Inglaterra em 1894, trouxe consigo as bolas e o sonho de ver o futebol crescer no país. Em São Paulo começaram a surgir os clubes São Paulo Athletic (que só praticava o cricket), o Sport Club Internacional e o Club Atlético Paulistano.

Após a vitoriosa iniciativa de Miller, o futebol no Brasil se consolidava. Em 1901 o jovem Oscar Cox, que voltava da Suíça onde estudou e aprendeu a gostar de futebol, inicia suas tentativas de formar um time no Rio de Janeiro. Nesta época foi fundado o Club Brasileiro de Cricket, que passou a ser chamado mais tarde de Paysandú Cricket Club.

Em 01/08/1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros parte para Niterói para enfrentar um time formado por ingleses. Em 19/10 os cariocas enfrentam os paulistas em São Paulo, antevendo o que mais tarde seria o Torneio Rio-São Paulo.

Oito anos após Charles Miller introduzir o futebol no Brasil, o Fluminense Football Club foi fundado por Oscar Cox e mais 20 membros. Em 21/07/1902, em reunião à Rua Marquês de Abrantes, 51 - residência de Horácio da Costa Santos, nascia o primeiro clube de futebol do Rio de janeiro. Pioneiro no futebol carioca, em 01/08/1902 entraram os 20 primeiros sócios e em 10/10 mais 15 sócios.



O Fluminense surgiu como um clube específico para futebol e preocupava-se em promover o futebol junto ao público. Foi através de iniciativas pioneiras do Fluminense, como a promoção de partidas beneficentes, que o público, sempre crescente, manifestava seu entusiasmo pelo futebol. Isto contribuiu para o surgimento de novos clubes na cidade como o América F.C., Bangu AC e o Botafogo, todos fundados em 1904.

O Fluminense, cujo nome deriva do latim “flumem”, que significa fluvial ou rio, é considerado o verdadeiro clube do Rio, já que personifica todos os habitantes deste estado.

O primeiro jogo do Fluminense foi em 19/10/1902, contra o Rio Football Club, no campo do Paysandú. O resultado foi uma goleada do FLU por 8 x 0. Os gols foram marcados por Horácio da Costa (3), H. Vasconcellos (2), Félix Frias, Eurico de Moraes e A Simonsen. Em 06/09/1903 estréia o Fluminense em jogos interestaduais no campo do Velódromo, em São Paulo. De três jogos o Fluminense empatou um e venceu dois jogos.

INSTALAÇÕES DA SEDE

A primeira instalação pretendida pelo Fluminense, à Rua D. Mariana foi recusada pelo proprietário. Então, em 17/10/1902 surgia a primeira instalação do Clube na Rua Guanabara (atual Pinheiro Machado) esquina com Rua do Roso (atual Coelho Neto). O Fluminense alugava o terreno do Banco da República por cem mil réis.

Em 1903, o campo do Fluminense foi nivelado por duas máquinas puxadas por um burro chamado Faísca, que usava luvas calçadas por seu dono, para não comprometer o gramado. Faísca ficou famoso como “o burro mais elegante do Rio de Janeiro”. Mais tarde o terreno, que era do Banco da República, foi comprado por Eduardo Guinle e a sede do Fluminense, que era uma casinha caiada de branco e servia de moradia ao vigia, começa a ser construída. Após a instalação de água e water closet, o Fluminense já pagava o dobro do aluguel.




Em 14/08/1904 foi realizado o primeiro jogo interestadual no Campo da Rua Guanabara contra o Paulistano. O Flu perdeu de 0 x 3. Esse foi o jogo inaugural da nova praça de esporte no Rio de janeiro e a Diretoria do Fluminense mandou construir uma pequena arquibancada de madeira para acomodar o público, cobrando os primeiros ingressos para um jogo de futebol. Foram 806 sócios e 190 não sócios pagantes na bilheteria.



Em 1905 Eduardo Guinle construiu por sua conta, a primeira arquibancada em campos de futebol do Rio de janeiro. Concluído este melhoramento, o aluguel triplicou novamente. Neste mesmo ano, mediante empréstimo feito entre os sócios, foi demolida a primeira sede e construída a segunda.



A inauguração da 3ª Sede em 27/07/1915 foi muito comemorada, culminando com um baile no rink de patinação, quando foi entoado o 1º hino do Fluminense, de autoria de Paulo Coelho Netto.

Ainda em 1915, o Presidente Cunha Freire construiu arquibancada privativa para os sócios e suas famílias. O plano de expansão foi completado com a construção de um novo rink, aquisição de mobiliários, instalação elétrica, aumento das arquibancadas e construção das gerais.


Já em 1918, começam as reformas que vão dar origem a 4ª Sede do Flu. As obras terminam em 1920, sob a presidência de Arnaldo Guinle que contratou o arquiteto Hipolyto Pujol para projetar as dependências da Sede. Com vitreux francês e lustre de cristal, o Salão Nobre se tornou palco de muitos shows, bailes, desfiles, óperas, ballet e ainda hoje muito utilizado para festas, reuniões e gravação de filmes como: Anos Dourados, Dona Flor e
seus dois maridos, Villa Lobos, novelas e comerciais. A sede é própria e hoje é tombada pelo Patrimônio Histórico.

Em 1961, a pedido da Prefeitura e do Governo Estadual, parte de seu terreno foi desapropriado pela Sursan, para ampliação da Rua Pinheiro Machado, uma área de 1.084 m2 que culminou com a demolição de uma parte da arquibancada . O Governo indenizou o Clube pela perda de seu patrimônio e o Fluminense prestava novamente à cidade mais um serviço. A capacidade atual do estádio reduziu-se para 8 mil e o campo mede 72 X 105 m.

O UNIFORME
 
Em 17/10/1902 já estava aprovado pelo Fluminense o seu primeiro uniforme: 
camisa branca e cinza (metade de cada cor com escudo do lado esquerdo do peito), calção branco, meias pretas e boné cinza.  Sua primeira bandeira era branca e cinza clara com as letras FFC em vermelho.
 
Oscar Cox e Mario Rocha que estavam em Londres à procura do novo uniforme, encontraram dificuldade na combinação das duas cores, que já não agradavam muita gente.  Foi então que sugeriram por carta à Diretoria do Fluminense as cores encarnado, verde e branco, que estavam na moda em Londres. Sugestão aprovada em 15/07/1904, o Flu torna-se tricolor.
 
No campeonato de 1907, o Fluminense estreia o uniforme tricolor (camisa de lã com mangas compridas e escudo do lado esquerdo do peito), confirmando a vitória no ano anterior e conquistando os dois campeonatos subsequentes. Vitorioso nos campeonatos de 1906/1907/1908 (invicto)/1909, o Fluminense torna-se o primeiro Tetracampeão do estado do Rio de Janeiro, com a Taça Colombo.  


Curiosidade do Tricolor
Bandeiras de países com as cores do FLU: México, Itália, Hungria, Irlanda, Bulgária, Costa do Marfim, Níger, Argélia, Madagascar, Índia, Irã, Líbano, Omã e Maldivas

Cores do Fluminense de acordo com a Escala Europa:
Vermelho(SR 2/8) – 50% ciano, 90% magenta, 80% amarelo, 20% preto.
Verde (SBG 2/4)– 90%ciano, 50% magenta, 80% amarelo, 10% preto.
 


A LIGA

Desde sua fundação o Fluminense teve como objetivo difundir o futebol no Rio de janeiro e criar um órgão que pudesse regulamentar e oficializar os jogos amistosos, além de reger o esporte no estado e dirigir o campeonato carioca. Em 08/06/1905 foi realizada no Fluminense a primeira reunião para a fundação da Liga Metropolitana de Futebol, que em 1907 passaria a se chamar Liga Metropolitana de Sports Atléticos. Participaram da reunião Fluminense, Bangu, América e Sport Club de Petrópolis. Depois juntaram-se o Rio Cricket, Paysandú Cricket e o Botafogo.

Em julho de 1905, em jogo Fluminense x Atlético Paulistano compareceram ao Fluminense o Presidente da República Rodrigues Alves e o General Souza Aguiar. Era a primeira vez que, no Brasil, um Chefe de Estado prestigiava com sua presença um jogo de futebol. Neste momento, o futebol começava a ganhar novos adeptos, já que crescia o público feminino, cuja presença fazia do futebol uma festa de elegância e distinção.

O HINO

O primeiro hino do Fluminense foi escrito por Paulo Coelho Netto em 1915, treze anos após sua fundação, uma rua das Laranjeiras recebeu sua homenagem, a antiga Rua do Roso. Em 1916 é composto por Antônio Cardoso de Menezes Filho, o novo e definitivo hino oficial do Clube. Mas a marcha de Lamartine Babo, composta na década de 40 conquistou o coração dos tricolores e imortalizou-se como Hino Popular do Fluminense.

OSCAR COX

Em 1910 o ex. presidente e fundador Oscar Cox, após ter deixado a presidência do Fluminense em 31/12/1904, parte definitivamente para Londres, recebendo

como despedida dos sócios do Fluminense uma mensagem encontrada em seus pertences após sua morte (07/10/1931 aos 51 anos, na França).

Junto com a mensagem havia um bilhete : “Cresswell, in case of my death , send to Mario Pollo, secretary of Fluminense Football Club, Rio de janeiro.” Sua vontade foi satisfeita. Oscar Cox é símbolo da disciplinada juventude de 1902, que por seu exemplo de perseverança tornou possível a existência do Fluminense.

CRISE DE 1911

Após uma série de vitórias consecutivas (1906/1907/1908/1909/1911) o elenco do Fluminense passou a exigir o direito de opinar na escalação do time para os jogos. O clube que tinha o “Grand Comitee” especialmente para este fim não concordou com a exigência. Apesar da vitória no Campeonato de 1911, esta crise interna no Fluminense provocou a saída de nove jogadores e do capitão da equipe para formar o time de futebol do Flamengo, que até então só tinha equipe de remo.

Ainda abalado, o Fluminense enfrentou o Flamengo em 07/07/1912, jogando com seu time de reservas e venceu por 3 x 2, solidificando o mito de clube vencedor. É o início do clássico Fla x Flu (denominação abreviada criada por Mário Filho). Em 1912 e 1913 o Fluminense fica em 4º lugar no Campeonato Carioca.

O Fluminense é o primeiro clube de futebol do estado do Rio de Janeiro, já que antes da crise de 1911, o Flamengo e o Vasco só existiam como clube de regatas.


ARNALDO GUINLE
PATRONO



Com apenas 4 anos de administração, Arnaldo Guinle promoveu grandes empreendimentos no Clube e recebe o mais alto reconhecimento, com o título de patrono, aprovado em 17 de julho de 1920, em Assembleia Geral.

Arnaldo foi o sócio de número 48, sendo admitido em 10 de outubro de 1902. Remido em 30 de maio de 1915 e benemérito a 4 de janeiro de 1916, assume a presidência do clube em 18 de abril do mesmo ano e permanece até 1930, devido a renúncia de Joaquim da Cunha Freire Sobrinho.

Arnaldo se destacou por ter construído o primeiro estádio do Brasil para grande público, construiu a primeira piscina em clube de futebol do Brasil, construção do ginásio, stand de tiro, estádio de tênis, construção da mais bela sede de clube de futebol do Brasil, com instalação nobre de vitreux francês e lustre de cristal, com pinturas de art noveau e o apoio ao futebol que deu ao Clube, seu primeiro tricampeonato. Criou também, o Conselho Deliberativo- o primeiro em clube esportivo do Brasil e o Natal das Crianças Pobres. Arnaldo foi um dos mais fortes participantes do movimento de implantação do profissionalismo no esporte carioca, em 1933. Quase no fim de sua gestão, o Fluminense recebe a visita do Príncipe de Gales, mais tarde do Rei Eduardo VIII e Príncipe George. A comissão de festejos do Ministério do Exterior incumbiu o Fluminense de organizar uma


partida de futebol em homenagem aos ilustres visitantes. Sob o patrocínio do F.F.C enfrentaram-se em 6/4/31 os paulistas e cariocas – 1 X 6.

Retornou a presidência do clube no triênio 43/44/45 quando desenvolveu as reuniões sociais, conseguindo que o quadro social atingisse a marca de 7.834 associados.

TORCEDORES

O Fluminense também sobressai por possuir torcedores ilustres e famosos, entre eles: presidentes, artistas e personalidades. Seu mascote, o Cartola destacou-se por simbolizar a imagem da aristocracia tricolor.

O jargão “pó de arroz” popularizou-se por causa do jogador Carlos Alberto. Vindo do América para o Fluminense em 1914 teve receio dos aristocráticos tricolores de cor branca porque era mulato. Diante disso, em um jogo realizado em 13/05/1914 tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo. Durante o jogo, o suor que escorria de seu rosto deixou-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram “Pó de Arroz”, surgindo o apelido do clube.

A torcida do Fluminense é considerada pelo clube seu 12º jogador. O Fluminense ganhou em 1950/1951/1952 a Competição de Torcidas organizada pelo Jornal dos Sports.

Outros torcedores tricolores tornaram-se personalidades do Clube devido ao seu amor e sua fidelidade ao time.


Chico Guanabara – primeiro torcedor carioca, estimulava o time berrando e reclamando com o juiz.

Careca - O Super Homem Tricolor


Barriga – ganhando ou perdendo, bebia para comemorar ou chorar as mágoas e assim vivia pelo clube. Mas era respeitador e incapaz de palavras obscenas. Seu ídolo era Welfare.

Batista – preto bem afeiçoado, tinha passe livre dentro do clube. Era sargento da marinha e intermediava os jogos do Fluminense com o Riachuelo Football Club (restrito aos marinheiros)

Peitão – fuzileiro naval, tinha peito grande e possuía entrada livre no clube.

Em 1950, o “coitado do Fluminense” assim chamado pela imprensa, terminou o campeonato em 6º lugar. Sendo vitorioso em 1951 com o chamado “timinho” do técnico Zezé Moreira. Após esta vitória um detento tricolor enviou como homenagem ao Fluminense, um grão de arroz com o nome de todos os jogadores e do técnico escritos e ainda um escudo do Fluminense.

O eletricista do clube, João Costa organizou uma coletânea de fotos e espetáculos realizados pelo Fluminense em 1950. João possuía grande estima pelo clube.
 
 
Tricolores famosos:  Nelson Rodrigues, Jô Soares, Chico Buarque, Mario Lago, Pedro Bial, João Havelange, Fagner, José Carlos Araújo, J. Silvestre, Elis Regina,  Moacir Franco, Gilberto Gil, Bibi Ferreira, Valter e Ema D’ávila, Luiz Paulo Conde, Evandro Mesquita, Suzana Werner, Fernanda Rodrigues, Rosinha (esposa do governador do RJ Anthony Garotinho), Zilka Sallaberry, Silvio Santos, Antônio Ermírio de Moraes, Paulo Henrique Amorim, Sérgio Chapelin, Gérson, Hugo Carvana, Dora Vergueiro, Carlinhos Vergueiro.  Roberto Marinho é sócio há 70 anos do Fluminense.


SERVIÇOS PRESTADOS


Em 21/01/1919 para socorrer a Confederação Brasileira de Desportos que queria sediar o Campeonato Sul Americano de Futebol (Brasil venceu pela primeira vez), o Tricolor, em demonstração de força e prestígio, ergueu, em tempo recorde, o Estádio das Laranjeiras, com capacidade para 15 mil pessoas. Em 11/05/1919 foi inaugurado oficialmente o Estádio do Fluminense, o primeiro do país, com o jogo de abertura do Campeonato Sul Americano entre Brasil e Chile ( 6 X 0).

O Fluminense arcou com todas as despesas (que o governo “obrigou”) da obra e hospedagem das delegações. Por isso mereceu mensagem do Conde de Baillet Latour, embaixador especial do Comitê Olímpico Internacional : “Quanto ao Fluminense Football Club podemos, verdadeiramente dizer que prestou patriótico serviço, ocultando a responsabilidade financeira e técnica dos jogos em nome do governo e de várias associações atléticas do país e que firmou um novo e desinteressado marco no campo de serviço público, como instituição atlética particular”.

Novamente, graças a tradição e lealdade do Fluminense, seus sócios fizeram empréstimos ao clube a fim de garantir a construção da piscina, sede, estádio, quadras de tênis e basquete, linhas de tiro e bar externo. A esta altura o terreno já havia sido adquirido de D. Guilhermina Guinle. Ainda em 1919, Dom Joaquim Arcoverde deu a benção inaugural à piscina. Era a primeira vitória da capacidade e devotamento de Presidente Arnaldo Guinle e seus companheiros. Como comemoração seguiu-se o encontro de water polo entre os infantis do Guanabara e São Cristóvão.

No centenário da Independência realizou-se novo Sul Americano e o Fluminense, ao ser acionado, construiu mais um lance de arquibancadas aumentando sua capacidade em 5 mil lugares, totalizando 20 mil.


Em 13/09/1922 houve a solenidade de abertura das pistas de atletismo, embora as provas tenham começado em 03/09.

Em 03/10/1922 foi criado o prêmio Emmanuel Coelho Netto, em memória do jogador Mano, artilheiro do tri campeonato carioca de 1917/1918/1919. Mano, que foi a primeira vítima da violência no futebol, faleceu em 30/09/1922, aos 24 anos, em consequência de contusão durante uma partida. Hoje seu nome está na galeria dos beneméritos, no primeiro título post mortem da história do Clube.

O Natal da Criança Pobre foi instituído em 1923. Dona Guilhermina Guinle transferia ao Fluminense a contribuição em brinquedos que destinava à Casa dos Expostos, com a condição do livre ingresso de seus protegidos aos festejos realizados pelo tricolor. Mais de


6 mil crianças entraram no campo sem nenhum acidente. Entre brinquedos, doces, sorvetes e refrescos, o Fluminense proporcionava às crianças que iam ao seu estádio no dia de Natal um espetáculo circense completo. O Natal da Criança Pobre foi mantido pelos sócios do Fluminense através de donativos ou brinquedos. Em 1961 o Natal da Criança Pobre foi transformado, por sugestão de Paulo Coelho Netto, pelo presidente Jorge Frias em Natal dos Funcionários.


SOCIAIS DO FLUMINENSE


As reuniões começaram a evoluir em 1915 com sessões de patinação às quartas de 21h às 23h. Às 23h era servido o chá. Em 21/07/1917 o Baile de Aniversário foi a mais bela festa promovida por Arnaldo Guinle. Às 8h houveram provas esportivas, à tarde jogos e provas para sócios e suas famílias e à noite realizou-se o baile. Com ornamentação especial, flores, faixas, bandeiras e lâmpadas fizeram o espetáculo.

Em 1920 foram organizados os primeiros Chás Dançantes no bar da piscina, que deram vida nova ao clube. As sessões de cinema completavam o quadro. Óperas como “Aída”, “Loreley” e “Orfeu” incrementaram a vida social do clube, contribuindo para a criação do setor artístico sob a direção de Paulo Coelho Netto. Sua contribuição de Coelho Netto foi marcante, ele enfrentou e derrubou o preconceito generalizado, de que o futebol era divertimento de desocupados.

As vesperais de arte organizadas e dirigidas por Paulo Coelho Netto tiveram seu esplendor em 1925 e 1926. As óperas nunca foram cobradas pelos artistas devido ao prestígio de que Coelho Netto desfrutava nos círculos literários e artísticos. Mas os artistas nunca saíam do clube sem um ramo de flores. Na verdade, o Fluminense deveria ter um lugar de destaque entre as organizações culturais pelos serviços prestados à cultura artística. Era o clube de
maior atividade artística, social e esportiva do Brasil, com shows de artistas do rádio TV e teatro.

O Fluminense criou um curso de Dança Clássica , o primeiro do Brasil, ainda sob direção artística de Paulo Coelho Netto.

Em outubro de 1937 foi fundada a Escola de Instrução Militar do Fluminense. Em 1940/1941 os alunos do Fluminense ganharam a Taça Inspetoria de Tiro pelo 1º lugar de
disciplina e eficiência. A última turma foi em 1945, pois em 31/10/1945 o Ministro da Guerra declarou extintos os Tiros de Guerra e Escolas de Instrução Militar.

Em 1956 o Fluminense apresentou inovação na área social com os Discos Dançantes aos domingos no Bar da Piscina.

Artistas como : Moacyr Franco, Elza Soares, Elis Regina, Chico Anysio, Dorinha Durval, Ângela Maria, Caubi Peixoto, Eva Todor, Bibi Ferreira, Procópio Ferreira, Tônia Carrero, Paulo Autran, Maísa, Ari Barroso, Dorival Caymi, Silvio Caldas, Jamelão, Zilka Salaberry, Grande Otelo, Alda Garrido, Sérgio Brito, Ítalo Rossi, Cacilda Becker, Suely Franco, Nara Leão, Edu Lobo e outros fizeram shows no palco das Laranjeiras nas décadas de 50 e 60.


Em 12/05/57 foi idealizado e promovido pelo Depto de Publicidade do Fluminense a consagração da Mãe Tricolor do Ano e Mãe Atleta. Este evento representou a manifestação da gratidão oficial do Fluminense a todas as mães tricolores, cujos filhos contribuem para o clube.

Em 20/06/62 realizou-se no Salão Nobre, por iniciativa do Presidente Nelson Vaz e orientado por Paulo Coelho Netto e Arthur Antunes, o maior banquete esportivo que se tem notícia, no Brasil, em homenagem ao presidente da Confederação Brasileira de Desportos, João Havelange, que é benemérito atleta e benemérito do Flu. Mais de 500 pessoas participaram do banquete, incluindo embaixadores da Rússia e república Arábica, diplomatas dos EUA, Canadá, Inglaterra, Alemanha Ocidental, Bélgica, autoridades do judiciários, do legislativo e executivo, além de sócios e jornalistas.

Em 1964 é realizado na área social do Clube, o Primeiro Festival de Teatro Amador.

Em 06/06/1968 com a presença do Ministro Tokizo Araki foi inaugurada à entrada da secretaria, a placa de bronze que a colônia japonesa ofereceu ao Fluminense, comemorando a visita dos Príncipes Herdeiros do Japão, realizada em 27/05.


CINQUENTENÁRIO

O Presidente Fábio Carneiro de Mendonça, em 31/05/1952, iniciou a organização das comemorações do Cinquentenário de fundação do Fluminense. Em sua gestão foram realizadas obras de construção do tanques de saltos, tribuna de honra, cabines de rádio e TV, ginásio para basquete e vôlei com arquibancada coberta, teatro para 1550 pessoas, 6 sinucas, 5 pistas de esgrima com arquibancada e bar, estacionamento e dois blocos com 50 apartamentos de 2 e 3 quartos para os servidores do clube.

Em 01/07/1952 Paulo Coelho Netto e Antônio Leite são considerados pela Diretoria do Clube convidados de honra nos festejos comemorativos do cinquentenário.

Em 1952 Fábio Carneiro de Mendonça criou oficialmente a seção de Ballet Aquático. O maior feito esportivo do futebol do Fluminense no ano do cinquentenário foi a conquista da Copa Rio 52 – representou um campeonato mundial, da qual o FLU venceu invicto dos principais clubes internacionais da época.

No Cinquentenário do Clube houve encenação satírica da História do Fluminense, desfile, Orquestra da Rádio Nacional e recital de poesias de Coelho Netto, Garcia Lorca e Aurimar Rocha que ditou o hino do Fluminense Cinquentão , música de José Maria de Abreu e letra de Aurimar, Elsen Guedes, Glória Berenice, Hayrton Queiroz, Jorge Martins e Maria Alice.
Hino do Cinquentenário

Sou Fluminense Cinquentão
Da Taça Olímpica Senhor,
Das pistas Campeão,
Das Quadras vencedor, Por isso é que eu luto com ardor.
Sou Fluminense Cinquentão, da tricomia o coração
Outra coisa não posso dizer: Sou Tricolor por Tradição.

Em 01/07/1954 surge a Revista do FFC, substituindo o antigo Boletim Oficial, com tiragem de 15 mil exemplares, publicação mensal. O Diretor de Redação era Paulo Coelho Netto. Houve a colaboração especial de Barbosa Lima Sobrinho, presidente da ABL, José Brígido, Oduvaldo Cozzi, Adriano Neiva e Isaac Amar, além da “prata da casa” Antônio Leite, Paulo Coelho Netto, Luiz Murgel, Paulo Tapajós, Mauro Pinheiro, Argeu Afonso, Luiza Vilhena de Andrade e Ruy Porto. O primeiro número logo se esgotou tornando-se raridade para colecionadores. A tiragem no mesmo ano foi aumentada para 18 mil exemplares. O Fluminense foi talvez, o Primeiro Clube de futebol a ter um periódico na imprensa do país, pois a revista teve inscrição na ABI.





GRANDE BENEMÉRITO ATLETA

João Coelho Netto, o Preguinho, era atleta em oito modalidades pelo Fluminense: futebol, vôlei, basquete, waterpolo, saltos ornamentais, natação, hóquei e atletismo. Foi autor do primeiro gol do Brasil em uma Copa do Mundo, em jogo contra a Iugoslávia. Foi capitão da primeira Seleção Brasileira, que disputou a Copa do Mundo de 1930 em Montevidéu. Preguinho é um dos artilheiros do Fluminense com 184 gols marcados. É também o 2º cestinha de basquete.
Preguinho trouxe para o Fluminense 387 medalhas e 55 títulos nas oito modalidades que praticava. Em 30/04/1929 torna-se benemérito atleta. Em 22/01/1952 o Fluminense concede pela primeira vez o título de Grande Benemérito Atleta.



JOÃO HAVELANGE

O mais ilustre esportista torcedor do Fluminense, ex-atleta de Natação e Polo Aquático, conquistou títulos de Campeão Carioca, Paulista, Brasileiro e Sul-americano. Participou das Olimpíadas de Berlim (1936) e Helsinki (1952) como atleta e Melbourne (1956) como chefe da delegação Brasileira;
Foi o Primeiro não Europeu a ser eleito Presidente da FIFA, entidade máxima do Futebol Mundial, e à sua frente permaneceu por 24 anos;
Durante esse período tratou o futebol como um produto e a FIFA como uma empresa, introduzindo dessa maneira o futebol em uma era dourada;
Trouxe para o futebol uma visão de marketing internacional e comercialização dentro de uma série de novos desenvolvimentos e de eventos.
Faleceu em 16 de agosto de 2016, aos cem anos de idade.




BREVE CURRICULUM
1948 – 1949 Vice-presidente da Federação Paulista de Natação
1949 – 1951 Presidente da Federação Paulista de Natação
1955 – 1963 Membro do Comitê Olímpico Nacional
1956 – 1958 Vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos
1963 Eleito membro do Comitê Olímpico Nacional
1958 – 1973 Presidente da Confederação Brasileira de Desportos
1974 – 1998 Presidente da FIFA

TANTAS VEZES CAMPEÃO

O Primeiro campeonato carioca foi em 1906, o Fluminense foi vencedor de 9 dos 10 jogos disputados. O polêmico campeonato do ano seguinte foi organizado pela Liga Metropolitana de Football. Participaram: Flu, Botafogo, Paysandu e o Sport Club Internacional dissidência do Football Atlhetic. Ao fim do campeonato, o Fluminense e o
Botafogo terminaram empatados em número de pontos, com cinco vitórias e uma derrota cada, sendo que no 2º turno, o Internacional suspenso pela Liga, não compareceu aos jogos contra o Botafogo e contra o Fluminense, perdendo assim por WO . O regulamento da liga, feito antes do campeonato, dizia o seguinte:






“Fica resolvido que na presente estação quando se der empate no final do campeonato em vez de ser jogado o desempate, tira-se a média dos gols entre os empatados sendo campeão o que melhor média apresentar”.

Durante o campeonato, o Fluminense fez 16 gols e sofreu 7, ficando com um saldo de 9 gols, enquanto o Botafogo teve um saldo de 5 gols, fazendo 14 e sofrendo 9.
Pela lógica do regulamento, o Tricolor teria que ser campeão. Porém, o Botafogo alegando não ter enfrentado o Internacional, reivindicava uma partida de desempate, esquecendo que o Internacional também não enfrentara o Fluminense.

Após tumultuada reunião na Liga, que depois deste episódio foi dissolvida, nenhum dos dois clubes foi declarado oficialmente campeão. Somente em 1996, a Federação Estadual, em decisão administrativa, declarou os dois times campeões de 1907, beneficiando o Botafogo.

O Fluminense confirmou sua hegemonia no futebol carioca, ganhando ainda os campeonatos de 1908 e 1909, tornando-o primeiro e único Tetracampeão do Rio. Até o momento o Tricolor conquistou 28 títulos estaduais dos 93 campeonatos realizados.

Em 1915 o Fluminense ficou em segundo lugar no Campeonato de futebol.

Em 22/10/1916 – um jogo se torna histórico no futebol carioca – A primeira anulação de uma partida de campeonato carioca, entre Fla X Flu. O árbitro R. Davies marcou pênalti a favor do Flamengo, que vencia o Fluminense por 3 a 2. O Jogador do Flamengo, chamado Japonês perdeu o pênalti. Pouco depois, o juiz marcou outro pênalti contra o Fluminense. O goleiro
Marcos de Mendonça defendeu. O árbitro mandou repetir afirmando que não tinha apitado. O mesmo jogador volta a bater e goleiro Marcos defendeu, mas o juiz mandou repetir, alegando que um jogador do Flamengo invadira a área. Foi aí, que Paulo Coelho Netto e o delegado de Polícia Ataliba Corrêa Dutra pularam a grade, correram pelo campo estabelecendo enorme conflito, com centenas de pessoas também invadindo o campo. O regulamento dizia que se o jogo paralisasse por mais de 5 minutos seria suspenso definitivamente. Com a paralisação foi além de 7 minutos, o jogo foi dado por encerrado e nulo. O novo jogo foi realizado no campo do Botafogo, em 8/12/1916 e o Fluminense venceu por 3 a 1.

Em 1916 assume a liderança que se repete em 1917, 1918 e em 21/12/1919 consagrando-se Tricampeão por 4 x 0 no clássico Fla x Flu, realizado nas Laranjeiras. Com esta conquista ganha a posse definitiva da Taça Colombo.



Neste jogo histórico teve um pênalti contra o Flu, chutado pelo jogador Japonês do Fla, que o goleiro Marcos agarrou. O jogador Bachi, do Flu, sobressai driblando 4 jogadores do Flamengo e tornando-se um marco na história do Tricampeonato do Fluminense.

Com a presença do então Presidente da República Epitácio Pessoa, o início da partida que daria o Tricampeonato ao Fluminense atrasou cinco minutos para a execução do Hino Nacional.. O presidente entregou as onze medalhas aos jogadores campeões. Uma salva de 21 tiros de canhão anunciava mais esta conquista. Os jogadores, que foram carregados em triunfo pelos sócios, fizeram a volta no Campo, tendo à frente a Banda do Batalhão Naval e a Bandeira do Clube. Oswaldo Gomes, artilheiro da competição, tornou-se símbolo de disciplina e dedicação ao clube. Time do Tri: Welfare, Zezé, Machado, Couto, Celso, Mano, Chico Netto, French, Bachi, Oswaldo e Laís.

Em 1928 Preguinho protagonizou uma partida inesquecível contra o Flamengo. Às vésperas do jogo o goleiro rubro negro Amado enviou a Preguinho um telegrama com a seguinte mensagem: “Amanhã será canja. Não farás gol algum” . Preguinho respondeu que faria pelo menos dois gols e os fez. O primeiro aos dois minutos de jogo, após roubar a bola do próprio Amado que a quicava para repô-la em jogo. O segundo após receber passe que completou de calcanhar. No fim do jogo, realizado no campo do Flamengo, que terminou em 4 x 1, Preguinho voltou para casa com a alma e a honra lavadas.

Em 1935 os Presidentes Oscar Costa e Alaor Prata saíram em busca de atletas que formassem uma equipe imbatível. O time do Fluminense foi então composto por Tim, Hércules, Batatais, Guimarães, Machado, Marcial, Brant, Orozimbo, Sobral, Lara, Pedro Amorim. Com Romeu líder da equipe, o Fluminense voltou a ser campeão em 1936. Feito repetido em 1937 quando o tricolor perdeu apenas uma partida. Em 1938, sob o comando de Ondino Vieira o Fluminense se consagrou conquistando o 2º Tri campeonato de sua história , sendo o primeiro tri campeonato profissional, já que o futebol se profissionalizara em 1933.
 
Nas décadas de 40 e 50 o Fluminense despontava como uma referência maior do que seus times de futebol. Ganhou todas as modalidades esportivas que competiu, reformou estádio,  
parque aquático, ginásios e, em  1949 recebeu do Comitê Olímpico Internacional seu maior prêmio, a Taça Olímpica. 
 
O Fluminense abriu e fechou o período ganhando títulos, foi bicampeão em 1940/1941, depois venceu o Super campeonato de 1946 e os Campeonatos Cariocas de 1951 e 1959. Além disso conquistou os Torneios Rio –São Paulo de 1957 e 1960.

No entanto, seu ponto alto foi a conquista em 1952 do Campeonato Mundial Interclubes, então batizado de Taça Rio, que assim como a Taça Toyota posteriormente vencida pelo Flamengo, não era oficialmente patrocinada pela FIFA.

A Taça Rio era disputada nos mesmos moldes que a FIFA pretende adotas a partir deste ano 2000. Oito campeões nacionais de países importantes para o futebol jogavam entre si. Como nesta época o Brasil não tinha campeonato nacional foram convidados para a competição os campeões carioca e paulista, Fluminense e Corinthians respectivamente. Assim o Fluminense disputou o Mundial com o Peñarol (que tinha sete titulares na seleção Uruguaia campeã de 1950), o Grasshopers, da Suíça(sede a Copa do Mundo de 1954), o Libertad do Paraguai, o Áustria Viena e o Saarbruecken da Alemanha, além do Corinthians. O Fluminense foi campeão da etapa carioca e sagrou-se campeão invicto ao derrotar o Austria em dois jogos de 1 x 0 e 5 x 2.. Com esta conquista o Fluminense se tornou a primeira equipe brasileira a ganhar um título mundial.

Em 1970 o Fluminense ficou em 2º lugar no Campeonato Carioca, mas foi Campeão Brasileiro ao levantar a Taça de Prata. O Campeonato foi decidido em uma quadrangular de colocar o coração à prova, mas o Fluminense não decepcionou. Venceu Palmeiras e Cruzeiro, ambos por 1 a 0 e, na final empatou por 1 a 1 com o Atlético Mineiro. Era dia 20/12/1970 e, para os 112 mil tricolores que estavam no Maracanã, o Natal chegou mais cedo. O empate bastava para o Fluminense ser Campeão Brasileiro.

Em 1971 e 1973 o Fluminense conquistou o Campeonato Carioca, mas foi em 1975 com a chegada de Rivelino e Paulo César Caju que o time, que funcionava como um relógio, foi Campeão Carioca e ficou em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro. Em 1976 o Fluminense com a chegada de Doval, Renato, Rodrigues Neto, Dirceu e Carlos Alberto Torres, o time se tornou imbatível e ficou conhecido como a “Máquina Tricolor”. A equipe da “máquina” era tão poderosa que todos os seus integrantes em algum momento de suas carreiras jogou pela seleção. Renato (Félix), Carlos Alberto, Miguel, Edinho e Rodrigues Neto; Rivelino, Paulo César e Pintinho; Gil, Doval e Dirceu.

A torcida correspondia. Os tricolores lotavam o Maracanã para ver Rivelino e cia, cujo lema era Vencer ou Vencer. Poucas vezes na história do futebol houve um time tão superior. A Máquina ainda trouxe para o Fluminense o título do Campeonato Carioca de 1976, Taça Viña del Mar, no Chile, o Torneio Paris, todos em 1976. Na entrega da Taça

Paris o clube foi tão aplaudido que sequer se ouvia o nome dos jogadores anunciados pelo sistema de som. Em 1977 jogou o melhor de seu futebol e trouxe a Taça Teresa Herrera,
da Espanha derrotando o Real Madrid e Dukla de Praga. Em 1978, em excursão pela Nigéria o Fluminense teve Pelé vestindo sua camisa 10.




Em 1980 a raça e eficiência da equipe fizeram do Fluminense Campeão Estadual. Em 1983 tem início um dos melhores períodos do Fluminense. Sua equipe aliava a raça e eficiência do time de 1980 à categoria da máquina tricolor. Jandir, Renê, Tato, Branco, Assis, Washington, Leomir, Aldo, Paulo Victor, Ricardo Gomes e Delei formavam o time que iniciou a conquista do terceiro tri campeonato do Fluminense, vencendo o Campeonato Estadual de 1983.


Em 1984, já com o reforço do paraguaio Romerito, que contagiava o grupo com sua garra, e sob o comando de Carlos Alberto Parreira, o Fluminense foi Campeão Brasileiro, perdendo apenas 2 partidas das 14 que disputou. A grande final disputada em dois jogos foi contra o Vasco. No primeiro 1 x 0, gol de Romerito.

No segundo, o empate de 0 x 0 garante o título ao Tricolor. Assis e Washington ficaram conhecidos como o “casal 20”, tão eficiente era esta combinação. Já Campeão Brasileiro pela 2ª vez, o Fluminense parte em busca do Bi estadual. No primeiro jogo da decisão o Tricolor despachou o Vasco por 2 x 1, gols de Assis e Romerito. No segundo, contra o Flamengo, Aldo o “caçador de abutres” cruzou para Assis o “ matador de urubus” que marcou e deu a vitória ao Fluminense. O Fluminense vence o Campeonato Estadual de 1984 e se torna Bi Campeão. Em 1985 , sob o comando de Nelsinho o Fluminense vence mais um Campeonato Carioca e conquista seu 3º Tri Campeonato Estadual.

O ano de 1995 foi uma redenção para o Fluminense. O Tricolor não se intimidou pelo Flamengo, que no ano de seu centenário, chegava na fase decisiva com 3 pontos extras e favoritismo absoluto. Esteve três vezes atrás no placar e por três vezes virou o jogo, a quatro minutos do fim Aílton driblou duas vezes Charles e chutou, a bola foi de encontro à barriga de Renato Gaúcho que fez o Gol do 28º Título Estadual do Fluminense.
A segunda metade da década de 90 não foi nada boa para o Fluminense. Após dois rebaixamentos consecutivos para a 2ª e 3ª Divisão.
 
Em 1999 assume o novo Presidente David Fischel, que contratou Parreira como técnico. Seguem-se reformas dos vestiários e recuperação do gramado.  O time ainda precisa de reforços, mas a dignidade foi restaurada. 
A conquista do Campeonato da 3ª Divisão trouxe de volta o orgulho e alegria tricolor. A torcida comparece em massa aos jogos e apoia o time que tanto ama. 

Como disse o imortal Nelson Rodrigues “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade. Tudo pode passar, só o Tricolor não passará jamais. Quem diz é o óbvio ululante.”

RECORDAR É TORCER!!!!

Fonte: Site do Fluminense em 2001
Assim era o site do Fluminense em 12 de outubro de 2001


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